CONSTELAÇÕES FAMILIARES


Coordenadoras:

  • Elodéa Palmira Perdiza – psicóloga

   As Constelações Familiares – “Familienstellen” – como foram denominadas pelo seu criador, o teólogo, filósofo e psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, Anton Johan Hellinger (1925 — 2019), foram apresentadas no final dos anos 70, após anos de estudos e práticas em diversos locais. Consistem em uma abordagem fenomenológica voltada para os sistemas familiares que pode alcançar resultados terapêuticos. Já as chamadas Constelações Sistêmicas, que envolvem áreas como educação, direito e saúde e outras práticas de apresentação como o uso de objetos, entre eles, bonecos, e cavalos, foram desenvolvidas por diversos autores e não foram utilizadas por Hellinger. Ambas são práticas consideradas adequadas para a resolução de conflitos aprovadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, desde março 2018, incluídas pelo Ministério da Saúde no escopo das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) como terapias complementares, uma vez que podem contribuir para a melhoria da saúde e do bem-estar da população. Estão no rol de procedimentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

   As constelações familiares buscam e procuram reparar desordens no sistema familiar que podem ter origens no descumprimento ou desrespeito às leis universais que Hellinger denominou de as “Ordens do Amor”. São elas: 1) A Lei do Pertencimento – quando todos têm igual direito de pertencer ao seu sistema familiar; 2) A Hierarquia – quando quem chegou primeiro ao sistema familiar tem precedência e prioridade sobre aqueles que chegaram depois; 3) O Equilíbrio entre dar e receber em todas as relações e de acordo com suas especificidades, essencial e necessário em virtude do princípio da igualdade. Assim, a prática das constelações permite que venham à tona padrões comportamentais muitas vezes inconscientes e observados em várias gerações de uma família.

   As sessões ocorrem em grupo, sob a orientação de profissional especializado, o “facilitador”, e basta que uma só pessoa do sistema familiar solicite para que a constelação se realize. Nesse caso, a presença de algumas pessoas — as “assistentes” – é necessária para “representar” o sistema familiar da pessoa consultante. Quanto maior o número de pessoas, maiores são as possibilidades de visualização. As Constelações Sistêmicas podem ser realizadas da mesma forma e ainda com bonecos ou utilizando outras técnicas, inclusive de forma individualizada.

   A prática teve início em maio de 2019 nas dependências do CEAF, com reuniões presenciais, a princípio uma vez por mês, coordenadas e acompanhadas pela psicóloga Elodéa Palmira Perdiza e a assistente social Maria Luiza Americano Jordão de Magalhães, responsáveis pelo projeto. No final do ano, os trabalhos passaram a ser quinzenais, alternadamente: as Constelações Familiares com Elodéa e as Constelações Sistêmicas com Maria Luiza.

   Desde o início da pandemia, os trabalhos passaram a ser realizados on-line, de forma individual, utilizando técnicas diversificadas. Assim que possível, voltarão a ser realizados presencialmente. Os interessados podem solicitar encaminhamento na Secretaria do CEAF: (11) 9 6400-4574 com Alexandra.

   Os pedidos serão avaliados no ato da inscrição e posteriormente registrados, após a realização, através de relatórios e/ou questionários, respeitando e preservando o grau de confidencialidade necessário.

   Para quem tiver interesse em conhecer mais a respeito das Constelações Familiares (“Familienstellen”), Bert Hellinger deixou uma obra de mais de 100 livros, dentre os quais destacamos: “Constelações Familiares — O Reconhecimento das Ordens do Amor”; “Ordens do Amor”; “Ordens da Ajuda”; “O Amor do Espírito”; “A Fonte Não Precisa Perguntar o Caminho”; “Um Lugar para os Excluídos”; “Meu Trabalho. Minha Vida. A autobiografia do criador da Constelação Familiar”.